DE VIDA PRI VIVO
DE VIDA
Vida me constitui nos constitui,
ruína e fluxo, sendo Vida.
Pois tudo o mais rui, flui, rui, flui, rui, flui:
Ruir, fluir nos faz a própria Vida.
Vida, minha vida e a vida tua:
Auto-eco-regulação-organísmica.
O que sou? Espiritualidade nua,
o Sopro em Terra cataclísmica!?
Vida: o Sopro feito Mistério!
Onde te achar, Vida verdadeira?
Se tiver sorte, no cemitério,
Onde a Vida ama a Vida na caveira!
PRI VIVO
Vivo tute min vin nin konstituas,
ruino kaj flukso: Vivo.
Ĉio plu ruas, fluas, ruas, fluas:
Rui, flui iĝas ni mem Vivo.
Jen Vivo mia, via Vivo kruda:
Mem-eko-regulig’-organismika.
Kio pri mi? Spiritualeco nuda
ĉi Blov’ en Ter’ kataklismika!?
Vivo: Blovo Ĝi mem Misteriejo!
Kie mi trovos vin, Vivo vera Io?
Se estos morto, en tombejo,
Kie Vivon amas Vivo en kranio!