NA ESTRADA – SUR ŜOSEO
NA
ESTRADA
Poeta vasculha a mochila em busca de algo, um mistério talvez, revira tudo, chega a entornar os pertences sobre a mesa. Descobriu o inusitado: cada
vez menos futilidades a jogar fora. Cogitou fazer o mesmo na mente inquieta e
voraz por livros. Concordou com seus botões e decidiu. Probleminha surge e o
congela: destreinado, não se lembrava como formatar o HD modelo antigo.
Perguntaria ao neto. Quando se lembrasse da decisão…
Botei
minha alma na estrada,
pó
e pedra e chuva e sol.
A alma seguia animada
o
corpo, pesado que só!
Casaco,
chinelo e bota
pouco
espaço na mochila
sem
novidades na rota
a
alma ainda intranquila
Acorda
a alma ligeira
com
vigor e não reclama
o
corpo, pesado, se esgueira:
só
queria a boa cama!
Poeto svingas la tornistron serĉe ion, mistero eble, ĉion renversas, eĉ la havaĵojn elverŝas surtable. Eltrovis nekutimon: ĉiu-foje
malpli neutilojn forĵeti. Pensis fari la samon pri sia malkvieta, libro-manĝegema menso.
Interkonsente kun siaj butonoj, li ion decidis. Problemeto ekaperas, li frostiĝas:
mistrejnita, ne plu memoris, kiel aliformigi la antikvan HD-on. Demandu tion al
la nepo. Ĵus kiam li memoros la decidon…
L’ animon surŝosee mi ĵetadis,
polvo ŝtono pluv’ kaj suno.
L’ animo vigle iradis
la korpo peza je tuno
Jaketo, pantoflo kaj boto
spaceto en la tornistro
nenio nova sur vojo
anime tamen maltrankvilo
vekiĝas l’ anim’ leĝera
sen-plenda vigla subite
la korp’, forfuĝa kaj peza,
nur volis fali surlite