PMA

SEM TÍTULO – SEN TITOLO

 

Sei
que poesia alguma é 
perfeita

nem
faz da perfeição destino

ausência
de liberdade é d
esatino

algumas é o que são

o doente no meu existir

faz
beicinho, e meu ser


ri na sanidade d
e
alma

e com calma se pergunta

minha
poesia o que fala

o que falta em felicidade?

arrisco
falta de estímulo?


falta o que lhe sobra

todas
vêm com título

e avisam sem calma

quem
adora medalhas 
e
títulos

é
o humano não a obra

não
a poesia menos ainda

o
que me sóbria – a alma!

Na
poesia adormeço

no
poema, sempre alerta!

poesia
é só o começo

no
fim a alma desperta

até
o poema ataúde

serve
à alma plenitude!


Sciite poezi’ nenia perfektas

aŭ igas perfekton destino

foresto de libereco, frenezaĵo

kelkaj estas tio

nur ridas laŭ saneco anima

sin demande kun trankvilo

mia poezio kion diras,

kio mankas en feliĉo?

mi riskas ĉu stimulo?

nur mankas kio restas

ĉiuj venas kun titolo

kaj avizas sen trankvilo

kiu adoras medalojn titolojn

jen humano ne la verko

malpli do la poezio

ĉe mi ja ĝi sobra — animo!

En poezio mi dormas

en poem’, ĉiam pretas!

poezio nur komenco

fine vekiĝas animo

eĉ poemo-ĉerko

iĝas anim’ ĉefverko!

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