da última prateleira da estante

 

PSV out 2024

 

 

Da última prateleira da estante,

o livro me olhou com alguma nostalgia.

Acudi ao chamado

e me pus a folhear, distraído,

velhos versos vestidos de vago passado,

escapados da memória.

Num recanto de poesia,

dormitava uma folha de plátano,

amarelada pelo tempo.

Num último suspiro, ela murmurou, quase inaudível:

– Não se lembra? Era primavera!…

 

 

De sur la lasta breto en la
ŝranko,

la libro rigardis min iom
nostalgie.

Mi akceptis la alvokon,

kaj komencis foliumi, senatente,

antikvajn versojn vestitajn per
svaga pasinteco,

eskapintajn el la memoro.

En angulo de poezio,

dormetis folio de platano,

flaviĝinta pro la tempo.

Per lasta spiro, ĝi murmuris,
preskaŭ neaŭdeble:

– Ĉu vi ne memoras? Estis
printempo!…

da última prateleira da estante

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